A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou novo aumento no consumo de energia elétrica no país.
Segundo o órgão, nas duas primeiras semanas de maio, foram consumidos 62.953 megawatts médios, o que equivale a um aumento de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O chamado Ambiente de Contratação Livre, mercado no qual a indústria e grandes corporações adquirem eletricidade de forma livre junto a geradoras e comercializadoras, consumiu 35% do total de energia, o que corresponde a um volume 0,9% maior do que em 2021.
Já no Ambiente de Contratação Regulada, que atende residências e pequenas empresas dentro do mercado regulado, o consumo foi de 65% do total, o equivalente a um aumento de 2,5%.
Ainda de acordo com o balanço da CCEE, o setor de serviços foi responsável pelo maior aumento no consumo, com alta de 11,1% em relação às duas primeiras semanas de maio de 2021.
Segundo o órgão, isso reflete a “recuperação do setor, que seguia fortemente impactado pela pandemia no início de 2021”.
Em segundo lugar aparece a indústria de madeira, papel e celulose, que teve um aumento na demanda de 10,9%.
“Na avaliação da Câmara de Comercialização, um dos principais motivos é que empresas dessa área estão operando na capacidade máxima para atenderem a demanda internacional, uma vez que toda a produção europeia foi impactada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia“, informou por nota a CCEE.
Já o setor de fabricação de veículos teve um recuo de 10,4%, ainda sentindo os efeitos do lockdown no porto de Xangai que, segundo a CCEE, “tem dificultado a importação de matéria-prima para a indústria automotiva”.
Os setores têxtil e de químicos também tiveram redução no consumo de energia, com quedas de 8,6% e 5,3%, respectivamente.
Mantendo a tendência de aumento, uma vez que os reservatórios seguem com bons níveis após as chuvas dos últimos meses, a geração de energia por hidrelétricas também teve nova alta observada.
Segundo a CCEE, as hidrelétricas ofertaram 7,3% mais eletricidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN), na comparação com as duas primeiras semanas de maio do ano passado.
Em contrapartida, as térmicas tiveram redução de 34,8% na participação de entrega de energia ao SIN.
A produção energética que mais cresceu foi a solar, com alta de 60,1% na comparação com o mesmo período de 2021. Depois aparece a geração eólica, com aumento de 29,5%.
Como já era esperado, as regiões que tiveram as temperaturas mais altas no período avaliado foram as que também tiveram os maiores percentuais de aumento no consumo de energia.
Os estados de Rondônia (32%), Mato Grosso (23%) e Tocantins (20%) apresentaram os maiores índices. Já os estados do Rio Grande do Sul (- 26%), São Paulo (- 8%), Pará (- 4%) e Acre (- 1%) foram os que apresentaram queda no consumo.
Com o cenário atual dos reservatórios, a projeção positiva de consumo e a média de chuva histórica, um estudo da Trinity Energia, empresa de comercialização de energia elétrica, aponta que a bandeira verde deve permanecer até o final deste ano, sem a cobrança extra na tarifa.
Segundo o levantamento feito em relação ao mercado livre, mesmo com a redução das chuvas nos próximos meses, o preço da energia deve custar aproximadamente R$ 87,00/MWh no segundo semestre do ano.
O valor é bem abaixo do máximo do teto, que é de R$ 646,58/MWh, como explica o CEO da Trinity Energia, João Sanches.
“Para o consumidor residencial cativo (residências, baixa tensão e aqueles que não estão no mercado livre), isso significa que a situação hidrológica neste ano está favorável e que as chances de termos cobrança de bandeiras tarifárias acima da verde nos próximos meses são extremamente baixas. Já para o mercado livre, significa que se o consumidor não tiver feito contratações de longo prazo, com preço já fixado, vai pegar em torno de R$ 87,00/MWh, que é um preço muito baixo”, explicou.
De acordo com Sanches, já a perspectiva futura em relação ao consumo de energia é de crescimento.
“Acreditamos que o consumo ficará maior que o ano anterior. A confiança da indústria aumentou devido a aspectos mais favoráveis. A carga realizada até o momento é 1,9% maior que a do mesmo período do ano passado, para os próximos meses a estimativa é que esse valor ultrapasse os 2%”, concluiu.
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